28 de julho de 2014

Um passeio diferente

E se de repente pudessem sentar-se quase à beira do abismo, bem perto do ponto mais ocidental da Europa e pudessem ver isto?

Em busca da praia da Ursa por trilhos ingremes... Lindo

1 de julho de 2014

Ser bolseira, escrever e entregar uma tese de doutoramento e sonhar que posso ainda sonhar…

Hoje apetece-se desabafar. 
Hoje senti um limite de saturação pela milésima vez. Costuma ser todas as 4ªf mas desta vez chegou mais cedo, a uma 3ªf. Sinto-me impotente, sem rumo, sem vontade de prosseguir na investigação. Quero avançar, quero terminar, mas tenho os pés e mãos atados. É tão mau depender de terceiros. E se eu escrevi mal a tese, se o conteúdo precisa ser mudado, porquê arrastar tanto tempo a decisão. Para que depois eu tenha de fazer as correcções finais em tempo recorde e acabe com um esgotamento, só porque me “obrigaram” a um relaxamento forçado por falta de notícias? E na volta ainda tem a lata de me dizerem que ficou mal porque eu estava com pressa. Pressa?? Faz em Setembro 1 ano que entreguei a primeira versão da minha tese e faz hoje 6 meses que a versão quase final está nas mãos de quem é devido para ser corrigido. Justificam-se dizendo que têm muito trabalho e por isso não têm tido tempo.
Com isto tudo existem propinas para pagar. E podiam existir contas, não estivesse eu a viver com os meus pais e eles me “sustentassem” só porque ainda não tenho condições para sair de casa.
Vão ocupando o meu tempo com bolsas para minimizar a culpa da demora. Mas isto não é vida, estou quase a fazer 32 e com esta idade não é fácil encontrar emprego nem na área nem em lado nenhum. Preferem contratar os mais novos, aqueles que acabam de sair das universidades ou então já somos demasiados nesta situação para tão poucas vagas no mercado. Outra hipótese é imigrar. Mas o mais provável era arranjar novas bolsas num pais diferente, nada de posições fixas. Não quero sair de Portugal. Este doutoramento tirou-me 6 dos melhores anos da minha juventude e quero aplicar os meus conhecimentos cá e não noutro sítio. Deviam ter sido só 4 anos, mas as dificuldades iniciais para obter resultados fizeram prolongar o trabalho experimental para um 5 ano e as correcções da tese levaram o 6.

Provavelmente já tenho habilitações a mais, terei de omitir mais tarde o doutoramento na procura desenfreada por um emprego,  se quero ter esperança em arranjar emprego. Porque o que eu mais quero é estabilizar, ter condições para sair para sempre da casa dos meus pais (que não caminham para novos) e constituir família. Assim bem se podem queixar que cada vez mais as pessoas têm menos filhos ou são pais muito tarde. E se tivermos em conta as noticias que saíram recentemente em que denunciam que algumas empresas obrigam as mulheres a não engravidarem durante 5 anos, bem que não tenho filhos. Mas não faz mal, ainda não perdi a esperança neste país nem de arranjar emprego. Mas esta esperança está cada vez mais pequena e a demora em me corrigirem a tese não ajuda em nada a minha vontade de querer sonhar.

As fases do meu mundo novo

Primeiro não se nota nada , até duvidas que tens algo a crescer dentro de ti (até porque  não tens sintomas e andas demasiado ocupada com do...